Opinião

Congresso tem agenda cheia

Apesar de 2012 ser um ano de eleições municipais, quando grande número de parlamentares deve concorrer ao cargo de prefeito em suas cidades de origem, o Congresso Nacional tem uma agenda recheada de projetos que precisam ser encaminhados, mas foram alvos de polêmicas no ano passado. Na Câmara, temas como a Lei Geral da Copa, a divisão dos lucros do petróleo na camada pré-sal e o novo Código Florestal devem dominar as discussões no primeiro semestre. Já no Senado, a proposta que criminaliza a homofobia e a que estabelece limites para o funcionamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão na pauta.


Assim, por mais que os deputados federais e senadores tenham seus interesses particulares nos municípios, de forma alguma podem dar as costas à votação desses temas. Desta forma, espera-se muita discussão entre base aliada e oposição. Não é difícil prever, entretando, que alguns dos temas nacionais se tornem facilmente bandeiras partidárias nos pleitos municipais. Haverá, como sempre, muito parlamentar que adotará determinadas posições de acordo com seus interesses pessoais.


A aprovação da Lei Geral da Copa, por exemplo, é fundamental para que o governo federal dê continuidade em suas tratativas com a Fifa, na preparação do maior torneio mundial de futebol. Apesar de o evento estar certo de ocorrer no Brasil, em 2014, há ainda uma série de pendências que podem prejudicar sua realização. Questões que envolvem o financiamento público a obras fundamentais de infraestrutura são as que mais preocupam.


Desta forma, não será de se estranhar que parlamentares da Oposição ao governo federal coloquem uma série de obstáculos, até para atrasar o processo. A posição de um deputado – a favor ou contra – em relação ao novo Código Florestal também pode servir de munição nas eleições municipais. E assim por diante.


Espera-se, entretanto, que – apesar dos interesses pessoais e partidários em jogo – os nobres parlamentares tenham a lucidez de representar bem a população que os elegeu como seus representantes. Que hajam com coerência em relação a seus princípios, sem penalizar o país. 

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