Depois de o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciar que vai comprar vacinas contra a covid-19 da China para imunizar as delegações que participarão dos Jogos de Tóquio, agora é a vez de a Conmebol também buscar doses para ajudar a viabilizar um evento esportivo. A entidade que controla o futebol na América do Sul está trabalhando com os governos da Argentina e da Colômbia para obter vacinas que permitiriam o acesso do público aos estádios durante a Copa América, que terá início no dia 13 de junho.
A Copa América estava programada para ocorrer em 2020, mas foi adiada por um ano devido à pandemia do novo coronavírus. O torneio passa a ter um novo formato, agora com dois países-sede. Serão ao todo 28 partidas, sendo 13 na Argentina e 15 na Colômbia, incluindo a final em Barranquilla, no dia 10 de julho.
O objetivo da Conmebol é ocupar os estádios com pelo menos 30% das suas capacidades na próxima Copa América. "Estamos trabalhando em conjunto com os dois governos para conseguir o máximo de vacinas possível para que nossos estádios também tenham a oportunidade de receber o público que torce por suas estrelas", disse o presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez.
Com as restrições impostas pela pandemia e o ritmo lento de vacinação no continente, ainda não está certo se as seleções poderão contar com atletas que atuam na Europa. A Fifa já suspendeu no início deste mês as rodadas 5 e 6 das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, no Catar, que seriam disputadas nos dias 24, 25 e 30 de março, devido ao fato de vários clubes europeus se recusarem a ceder seus jogadores por causa do agravamento da pandemia. As novas datas ainda não foram decididas.
Domínguez elogiou o protocolo escolhido para retomar os torneios sul-americanos. "Nosso protocolo foi e é mais eficaz do que qualquer uma das melhores vacinas que estão sendo aplicadas hoje para combater a pandemia", disse.