Opinião

Convenções dão o tom da sucessão municipal

As várias convenções municipais realizadas neste final de semana começam a dar o tom de como será a campanha à sucessão do prefeito Sebastião Almeida (PT), em Guarulhos, sobretudo por algumas novidades no cenário político no que se refere aos partidos que deixam a base do governo e se aliam à Oposição. O ritmo dos discursos e acordos fechados até aqui demonstram um jogo que se resume mais ou menos a todos contra a atual administração, salve algumas siglas que mantém a linha de apoio a Almeida.


 


Porém, o quadro atual parece bem diferente daquele desenhado em 2008, quando quase a totalidade dos partidos ficou aliado ao PT desde a primeira hora. Fora aqueles que tiveram candidatos próprios no primeiro turno, a maioria ficou com Almeida e acabou ganhando cargos na administração, o que significou uma ampla base aliada nestes três anos e meio de governo.


Nesta reta final, quando as campanhas se definem, chama a atenção a adesão de alguns partidos à candidatura de Carlos Roberto, do PSDB, principalmente PTC e PTdoB, que contam com vereadores aliados, como são os casos de Toninho Magalhães e Lamé, respectivamente. Pelo que consta, o primeiro não ofereceu resistência para seu partido mudar de lado, deixando claro inclusive que seu acordo com a atual administração vai até 31 de dezembro. Desta forma, entende que pode apoiar nestas eleições um candidato diferente do atual prefeito.


 


Já o segundo, Lamé, se vê numa situação bastante difícil. Foi voto vencido dentro do PTdoB, ao defender com unhas e dentes que o partido permanecesse na base aliada, inclusive em declarações públicas. Porém, prevaleceu o desejo da maioria dos pré-candidatos e da base, que preferiu se aliar a Carlos Roberto. Assim, Lamé fica numa posição totalmente desconfortável, já que não tem como negar agora sua convicção eleitoral.


 


Outro partido que surpreendeu nesta reta de chegada foi o PDT, que até então trabalhava para ter candidato próprio, mas que acabou anunciando no domingo que irá apoiar o tucano. Apesar de não contar atualmente com vereadores e assim não compor a base aliada, era uma sigla tida como quase certa no apoio à reeleição de Almeida, o que não se sacramentou.

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