Embora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não tenha divulgado o resultado final das eleições para a presidência da República, militantes que se concentram em um hotel em Brasília começaram a se abraçar e a gritar: “tucano, aceita, é Dilma reeleita”.
O clima de euforia e apreensão marca essa reta final da apuração dos votos. Militantes convidados para o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff comemoraram há pouco o aumento da margem de diferença de votos em relação ao tucano Aécio Neves. Com 96,73% dos votos apurados, a presidente tinha atingido 51,26% dos votos válidos contra 48,74% do candidato Aécio Neves.
A vantagem apertada gerou apreensão entre os petistas, que chegavam ao hotel em um clima de euforia. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse ao chegar que esperava uma vantagem maior de Dilma. “Torci para que fosse uma diferença maior. Não foi possível, então é com essa (diferença) mesmo que vamos”, disse. Ao ser questionado sobre como seria um segundo governo Dilma diante de uma divisão acirrada do País entre petistas e tucanos, o ministro afirmou que o desafio será unir o País. “Se fosse quatro ou cinco pontos de diferença (para Dilma), a necessidade de unir não seria diferente.”
Questionado se essa pequena margem não traria dificuldades também na relação com o Congresso, Aldo respondeu: “A dificuldade no Congresso é a mesma, que não é pequena e nunca foi.”
O ministro também minimizou a tensão na reta final das eleições, que foi marcada por acusações entre Dilma e Aécio. “Não teve clima de guerra nenhum. O que teve foi uma disputa dura.”
A presidente ainda está no Palácio do Alvorada, onde se reúne com membros da campanha e dirigentes do PT. Alguns ministros já estão no hotel Royal Tulip aguardando a chegada da petista.