A nota enviada no dia 17/11 anteriormente continha incorreção em relação ao contrato social do K-Pop Chicken. Segue o texto corrigido:
O imaginário da Coreia do Sul no Brasil é povoado por celulares, carros e outros aparatos tecnológicos. Um grupo de empresários, entretanto, pretende mudar esse cenário, ao menos na culinária. Só que em vez de difundir a cozinha tradicional do país, como fizeram japoneses e italianos, eles apostam em um prato que caiu no gosto do sul-coreano nos últimos 50 anos: o frango frito.
Uma dessas casas é o K-Pop Chicken, do empresário Sun Kwon Kim. “Queremos mostrar essa nova cara da Coreia, que é rica e moderna”, explica Rafael Shu, sobrinho do dono e quem gerencia a empresa junto com Gabriel Asakura e o chef Renato Dianese.
O restaurante-laboratório está localizado a duas quadras do metrô Santa Cruz, na zona sul de São Paulo. Eles entraram em contato com uma das principais fornecedoras da cadeia do frango frito na Coreia, de quem adquiriram não apenas a expertise do processo, mas também importaram máquinas e a farinha usada para empanar o produto, uma receita que leva 17 ingredientes. O restante do menu mistura cozinha coreana, brasileira e norte-americana.
Do planejamento até a abertura, que aconteceu no final do ano passado, foram cinco anos de preparação e R$ 3 milhões investidos. Hoje, os sócios contabilizam um público de seis mil pessoas e faturamento médio de R$ 180 mil por mês. Desde novembro, uma consultoria de franchising prepara o negócio para a expansão. Antes disso, eles pretendem abrir outros três modelos de loja para as possibilidades do negócio.
Concorrência
Outra empresa que aposta no frango frito é a BBQ Chicken, uma das maiores marcas coreanas do tipo, com mais de quatro mil unidades no mundo. Na América do Sul, o responsável é Thomas Choi, que adquiriu a franquia master para a região. Com uma unidade aberta no final de 2012 também na zona sul da capital paulista, Choi passou dois anos adaptando o cardápio ao gosto brasileiro e, agora, começa o processo de expansão. “Achamos que a região tem potencial para duas a três mil unidades, metade no Brasil”, diz.
Na avaliação do sócio-diretor de foodservice da consultoria GS&MD, Sergio Molinari, o negócio vai na linha de um movimento atual, que é o da cozinha étnica. “É o que fazem os foodtrucks, sensação em São Paulo”, explica. Por outro lado, o especialista aponta que enquanto o paulistano é afeito a novas tendências, o mesmo pode não ser verdade para outras regiões do País, o que poderia dificultar a expansão dessas redes. “Mas a proposta é bem fácil de se encaixar no gosto brasileiro. Afinal, estamos falando de frango frito e com molho.”