A nota enviada anteriormente tinha erros no primeiro parágrafo. Todos os valores são em dólares, e não reais, como constou. A seguir, o texto corrigido.
A indústria de autopeças do Brasil deverá apresentar faturamento de US$ 19,5 bilhões em 2015 e de US$ 18,2 bilhões em 2016, afirmou nesta segunda-feira, 31, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Paulo Butori. A previsão para 2016 representa uma queda de 6,6% ante a estimativa para este ano e um recuo de 52,2% contra o resultado de 2013, de US$ 40,6 bilhões.
Os números foram apresentados por Butori em seu discurso na primeira edição do Encontro Estratégico de Lideranças do Setor Automotivo, em São Paulo. Para ele, a piora se deve a fatores conjunturais difíceis, listados em sua apresentação: crise política e econômica, PIB negativo, crise de água e de energia, forte abalo dos níveis de confiança dos investidores e dos consumidores, alta nos níveis de desemprego e endividamento, e altas taxas de inflação e de juros.
“Diante disso, não estamos otimistas para 2016, que será um ano ainda de crise bastante acentuada”, disse. Como resultado da crise, Butori disse que o setor reduziu o número de empregados de 220 mil em 2013 para 165 mil em 2015. “São 55 mil pessoas com salário médio elevado, bem treinados, e com filhos para sustentar”, lamentou, acrescentando que o aumento do desemprego afeta o consumo.
Bancos
O presidente do Sindipeças lamentou também a retração da oferta de crédito e criticou a relação dos bancos brasileiros com os empresários. “O papel dos bancos é um papel de risco muito baixo. Ganha-se muito dinheiro com risco baixo. O resto do mundo trata o empreendedor de forma diferente. Os bancos precisam participar mais da vida das empresas. Quando as empresas precisam de crédito, os bancos recusam crédito. Quando não precisam, os bancos oferecem”, criticou.