Líder do quadro de medalhas, com resultados expressivos não só nas provas de fundo, o Quênia tem os dois primeiros casos de doping do Mundial de Atletismo de Pequim (China), que começou a ser disputado no sábado no Ninho do Pássaro. Os dois casos foram anunciados nesta quarta-feira pela Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF).
A entidade não informou para quais substâncias dopantes as duas jamaicanas testaram positivo. São elas Joyce Zakary, que correu os 400m rasos, avançou das eliminatórias batendo o recorde nacional e não apareceu para correr a semifinal; e Koki Manunga, que disputou os 400m com barreiras, sendo eliminada na primeira bateria.
Os dois casos de doping devem reforçar o burburinho que questiona o desenvolvimento do Quênia no atletismo. Os africanos sempre dominaram as provas de fundo, mas em Pequim eles estão alçando voos maiores. Na terça-feira, Nicholas Bett, venceu até os 400 metros com barreiras masculino. No Mundial de Moscou, há dois anos, o Quênia não classificou ninguém para essa disputa. Na China, colocou dois na finais.
O doping é o grande tema envolvido com o Mundial de Pequim. Antes do início da competição, um canal de tevê alemão e o jornal britânico The Sunday Times denunciaram um suposto esquema para encobrir centenas de casos de doping entre 2001 e 2012.
Além disso, o grande nome da temporada é Justin Gatlin, norte-americano que já cumpriu seis anos de suspensão por doping e, contra o que conhece a ciência, fica mais rápido a cada ano, apesar da idade já avançada para um velocista.