A matéria enviada anteriormente trazia um erro no primeiro parágrafo. O deputado Fausto Junior é do MDB, e não do PRTB, como constou. Segue o texto corrigido.
Em entrevista pouco antes do início do depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o deputado estadual do Amazonas Fausto Junior (MDB) mostrou que o foco de sua fala será sobre as irregularidades levantadas pela CPI da Saúde naquele Estado. O parlamentar, relator da comissão estadual, descartou críticas ao governo federal e depositou a responsabilidade da crise sanitária a gestores locais.
"Não é competência da Assembleia Legislativa fiscalizar o governo federal. Nosso acompanhamento é no sentido de torcer, realmente, para que a CPI do Senado consiga elucidar o fato se houve ou não algum tipo de irregularidade, e tentar contribuir com as informações que nós tivemos <i>in loco</i>, lá no Amazonas", disse à <i>CNN</i> nesta terça-feira, 29.
Na avaliação de Fausto Junior, o colapso de saúde que ocorreu no Amazonas era "evidente" diante do despreparo do sistema estadual. "O grande problema no Estado do Amazonas foi a falta de tratamento", pontua em conversa com a <i>Globo News</i>, e acrescenta: "muitas pessoas morreram em casa, foram enterradas em valas coletivas". Segundo ele, o colapso poderia ter sido evitado. "Tem várias gestões envolvidas que poderiam ter resolvido os problemas da saúde e não fizeram", declara. Questionado sobre quem seriam os responsáveis, o deputado respondeu: "Os governos estaduais, sem dúvida".
Com relação aos trabalhos realizados pela CPI da qual foi relator, Fausto Junior afirmou que a função do relatório produzido pela Assembleia Legislativa do Amazonas foi municiar os órgãos de controle. "Baseado no relatório da CPI da Saúde, houve três operações da Polícia Federal que, sim, denunciaram o governador do Estado. Sem dúvida, se não houvesse a elucidação desses fatos, certamente talvez não haveria essas investigações", afirmou. De acordo com ele, o papel da CPI foi de "combate à corrupção".