O corte na Selic em 0,75 ponto porcentual não minou a atratividade dos investimentos em renda fixa, segundo analistas. Mesmo com a trajetória de queda da taxa básica de juros, o recuo da inflação têm garantido um juro real alto nessas aplicações, como títulos públicos, títulos privados e fundos de renda fixa.
“Estamos com um juro real corrente por volta dos 7%, então o CDI está nos proporcionando um ganho melhor do que o que está explícito”, afirma Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper. “Já para o longo prazo, como a aposentadoria, é importante que o investidor tenha um pedaço do seu portfólio referenciado à inflação para se proteger.”
Segundo a Associação Nacional dos Executivos em Finanças (Anefac), os fundos de renda fixa só perdem para a poupança caso a taxa de administração supere 2,5% ao ano. “A renda fixa ainda é muito vantajosa. Já quem quiser diversificar indo para a bolsa precisa pensar no longo prazo, pois são operações de risco e ainda há muitas incertezas”, diz Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de Estudos Econômicos da Anefac.