O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado, que não há vinculação ideológica na política de concessão de crédito do banco. Coutinho foi muito questionado pelos senadores sobre empréstimos do banco para obras em Cuba e a falta de transparência nas operações.
“Não há vinculação ideológica na política de concessão de crédito para o exterior. O BNDES examina todos os projetos com o mesmo rigor e sistemática”, afirmou. “Os EUA continuam sendo o mercado mais importante par ao BNDES, o que recebeu mais financiamentos.”
O presidente disse ainda que foi convidado para oitiva no Tribunal de Contas da União para falar no âmbito do processo sobre os atrasos de pagamentos do governo federal – as chamadas “pedaladas fiscais”.
Coutinho afirmou também que não há nenhuma relação entre a participação do BNDES na JBS e as doações de campanha da empresa. “Doações de campanha são privativas dos controladores da empresa, não são matéria de conselho de administração. Não interferimos na gestão das empresas das quais participamos, só para zelar pela boa governança e respeito às leis”, concluiu.