Após uma sessão marcada pela forte obstrução do PT para evitar a convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a CPI da Petrobras não conseguiu concluir a votação de 59 requerimentos (entre 54 convocações previstas inicialmente, audiências públicas, solicitações de informações e documentos, além de visitas técnicas). Ao total foram chamadas a depor 42 pessoas e apreciados 46 requerimentos. Não houve tempo para discutir a inclusão das convocações de Lula e Janot na pauta.
A sessão deliberativa foi interrompida por causa do início das votações em plenário quando era discutida a oitiva da viúva do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), Stael Fernanda Janene. A viúva enviou recado dizendo que gostaria de colaborar porque o doleiro Alberto Youssef estaria “mentindo” em sua delação. “Tenho a impressão de que o desejo dela é resgatar a memória dele (José Janene)”, defendeu o peemedebista Celso Pansera (RJ). Janene morreu em 2010 e é apontado nas investigações da Operação Lava Jato como operador da origem do esquema de corrupção na Petrobras.
Entre os depoentes considerados fundamentais no pacote de requerimentos aprovados hoje, estão as oitivas de João Carlos de Medeiros Ferraz (Comperj), de Rafael Angulo Lopez (que fazia entrega de dinheiro em nome do doleiro Alberto Youssef), de Leonardo Meirelles , do Laboratório Labogen, e do presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) Antonio Gustavo Rodrigues.
Os deputados começam a colher o depoimento de Renato Sanches Rodrigues, diretor de Operações e Participações da Sete Brasil. A oitiva faz parte do roteiro de trabalho da sub-relatoria da CPI da Petrobras para investigação de irregularidades na operação da empresa. O executivo seria ouvido inicialmente na semana passada, mas apresentou um atestado médico e não compareceu. Rodrigues é ouvido na qualidade de testemunha.