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CPI do HSBC aprova convocações, mas adia decisão sobre quebras de sigilo

Após quase 50 dias sem realizar uma reunião, a CPI do HSBC aprovou nesta terça-feira, 23, a convocação de seis pessoas para depor na comissão, entre os quais cinco diretores e ex-diretores da filial brasileira do banco. A quebra de sigilo de 39 pessoas, porém, será decidida somente na próxima reunião, marcada para 30 de junho.

O adiamento sobre essa deliberação irritou alguns senadores, como o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). O parlamentar acusou os nomes envolvidos no escândalo, a maioria deles representantes do PIB nacional, de enviar lobistas ao Congresso para pressionar membros da CPI a não avançar com as investigações. “CPI que não quebra sigilo não é CPI”, afirmou.

Randolfe também considerou um “desrespeito” o fato de cinco pessoas terem se recusado a prestar as informações que foram solicitadas pela comissão, que nas últimas semanas enviou ofícios a 362 pessoas perguntando se elas confirmavam que tinham contas na agência suíça do HSBC. “Quanto a esses cinco, no mínimo, temos de quebrar sigilo bancário e sigilo fiscal e de convocá-los aqui, porque senão a CPI se desmoraliza, é uma desmoralização em si”, disse.

O senador não citou os nomes dessas pessoas durante a sessão, mas, segundo o blog do jornalista Fernando Rodrigues, trata-se de integrantes das família dos empresários Benjamin Steinbruch, da Companhia Siderúrgica Nacional, e Jacks Rabinovich, ex-proprietário do Grupo Vicunha.

O presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA), disse ser necessário ter “cautela” quanto à quebra de sigilos, porque a comissão ainda não recebeu a lista oficial dos correntistas brasileiros. Uma solicitação para que o Ministério Público Federal compartilhe essas informações também foi aprovado nesta terça-feira.

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