Em sessão realizada nesta terça-feira, 24, no Senado, foi instalada a CPI do HSBC. A comissão será presidida pelo senador Paulo Rocha (PT-PA) e terá como relator o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
“O assunto envolve um dos maiores bancos do mundo e também remete a operações suspeitas envolvendo governantes, celebridades, grandes empresários. Há especulações em torno de envolvimento de doleiros, que desde sempre estão envolvidos em atividades ilegais de grande dimensão na República brasileira, que precisarão ser apuradas”, afirmou Ricardo Ferraço.
O pedido da instalação da comissão foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e terá, entre outros objetivos, investigar irregularidades praticadas pelo HSBC na abertura de contas irregulares, em que mais de U$ 100 bilhões foram potencialmente ocultados do Fisco de mais de 100 países. Entre os correntistas, há cerca de 8 mil brasileiros que tinham, numa estimativa preliminar, mais de R$ 7 bilhões ocultados da Receita Federal.
Na sessão, Randolfe apresentou uma série de requerimentos com pedidos de diligências e audiências públicas que deverão ser inseridos no plano de trabalho. O anúncio deverá ser feito por Paulo Rocha na próxima reunião do colegiado, prevista para acontecer nesta quinta-feira, 26.
Entre os requerimentos está o que prevê uma visita ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e às autoridades francesas que também investigam os supostos desvios, além de um encontro com Hervé Falciani, o especialista em informática que entregou às autoridades francesas a lista de milhares de pessoas que suspeitas de evadir impostos.