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Cristovam diz que votará pelo impeachment, mas não está na base de apoio a Temer

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) disse nesta segunda-feira, 15, que não está na base de apoio do presidente interino Michel Temer (PMDB), mesmo tendo votado a favor da pronúncia do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) na semana anterior.

“Eu não estou na base de apoio dele (de Michel Temer). Tem um ministro importante do partido no governo (Raul Jungmann, da Defesa), mas eu pessoalmente não me sinto tanto na base”, disse o senador, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Buarque afirmou que dará apoio às propostas do governo, necessárias para resolver a crise fiscal do País. “Seria antipatriótico hoje não levarmos em conta a crise fiscal que o Brasil atravessa e que a recessão não será estancada se não equilibrarmos as contas públicas, vou dar apoio a isso”, afirmou.

Ele reforçou que vai se sentir “em liberdade” para fazer críticas ao governo de Michel Temer, quando tais críticas forem necessárias. O senador destacou que manterá o voto pelo afastamento de Dilma no julgamento final, previsto para o fim deste mês, “a não ser que aconteça algo de surpreendente”. Ele espera que o julgamento final termine no dia 29 de agosto.

Defendendo a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos pela inflação do ano anterior, o senador ponderou que teme eventuais cortes nos investimentos em educação no País. “Eu temo corte que seja necessário. Se for, a gente não vai ter outro jeito. Se for necessário corte em educação, vou ter um estudo pronto demonstrando que pode até ser aumentado o gasto em educação tirando de outro lugar e mantendo o teto”, afirmou.

Sobre as eleições gerais de 2018, Cristovam Buarque disse que ainda não é candidato à Presidência da República, mas não descarta essa possibilidade. “Pode ser que venha a acontecer, por enquanto ainda não. Depende de o partido querer, depende de tantas coisas que não estou me colocando ainda. Não me sinto candidato.”

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