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Crítico da sigla, Ciro apoia peemedebista no Rio

Crítico do PMDB, que já chamou de “quadrilha”, e opositor do impeachment, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) declarou nessa terça, 16, apoio ao candidato peemedebista a prefeito do Rio, Pedro Paulo, que votou pelo afastamento do cargo da presidente Dilma Rousseff.

Ciro, que se coloca como possível presidenciável em 2018 pelo PDT, disse que o apoio ao candidato do PMDB que critica ultrapassa as divergências.

Ele ressaltou, no entanto, que a “quadrilha” do PMDB, que já declarou ser liderada pelo presidente em exercício Michel Temer, “continua a mesma”. “Pedro Paulo não é parte dela. Se fosse, eu não estaria aqui”, afirmou, durante o ato de apoio na sede do PDT.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, chegou a chamar quem apoia o impeachment de “golpistas”. “Nem ouvi”, comentou Pedro Paulo. “Agora só estou pensando em voto.”

Prioridade

Para o candidato a prefeito, a aliança é uma prova de que a cidade consegue produzir consenso. “Temos de unir as divergências, não há qualquer incompatibilidade nisso. A questão é o que hierarquizar como prioridade. Essa união está estabelecendo como prioridade o avanço do Rio.”

Pedro Paulo afirmou que vai trabalhar para que o PMDB e o PDT fortaleçam a união e chegou a declarar apoio a Ciro Gomes na disputa pela Presidência da República em 2018. O ex-ministro, no entanto, não levou a sério: “Foi uma expressão de carinho, mas eu não tenho a menor ilusão nem a necessidade de misturar nada agora. Essa aliança é absolutamente improvável, por um não querer recíproco”.

“Em uma eleição ultrafederativa e ultrapartidária, como é a municipal, temos a obrigação de escolher o melhor para a cidade. Estou muito seguro que o melhor para o Rio, e pouco importa se há contradição da política nacional, é o Pedro Paulo”, disse Ciro.

A candidata a vice de Pedro Paulo, Cidinha Campos, do PDT, disse estar claro que a aliança em relação à prefeitura é restrita ao município. Ela também declarou ser contra o impeachment. “Acho que a presidente não cometeu nenhum crime e está sendo julgada de uma forma precipitada.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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