Cruzeiro e Nacional-PAR fizeram nesta quarta-feira, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai, uma curiosa reedição da partida de ida: o time visitante saiu na frente e levou a virada por 2 a 1. Pior para o time mineiro. Após perder por 3 a 2 nos pênaltis, a equipe do técnico Mano Menezes foi eliminada ainda na primeira fase da Copa Sul-Americana. É o segundo resultado decepcionante em uma semana, após a derrota na decisão do Campeonato Mineiro, no último domingo.
O Nacional-PAR aguarda agora o sorteio que definirá os duelos da segunda fase da Sul-Americana, anterior às oitavas de final. E, neste domingo, por sua vez, o Cruzeiro tem um importante jogo contra o São Paulo, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, na estreia do Campeonato Brasileiro.
Para o importante duelo desta quarta-feira, Mano Menezes não poupou jogadores e iniciou com força máxima. A exceção foi o atacante Rafael Sobis, que sentiu dores na coxa esquerda e foi substituído por Ramón Ábila. Apesar da frustração com a perda do Campeonato Mineiro, após cair na final para o Atlético Mineiro, o Cruzeiro começou embalado e quase abriu o placar aos dois minutos: Rafinha fez grande jogada pela direita e cruzou para Ábila, que cabeceou com perigo, por cima.
O mando adversário e a vantagem do empate não diminuíram o ímpeto da equipe mineira. Com Ábila atuando bem como pivô e, especialmente, com a boa movimentação de Rafinha, o Cruzeiro dominava com tranquilidade e pressionava o time paraguaio.
Não demorou para a pressão surtir efeito. Aos 11 minutos, Diogo Barbosa cruzou na área, a zaga tentou afastar e grosseiramente desviou para trás. Thiago Neves, então, sozinho, aproveitou o “passe” e completou para as redes. O meia-atacante ainda saiu mancando após abrir o placar, mas logo voltou a correr sem problemas.
A partida parecia dominada. O Nacional-PAR estava desorganizado e sem qualquer ímpeto ofensivo até que, apenas cinco minutos depois, o Cruzeiro retribuiu a “assistência”: após cruzamento na área, Mayke errou o domínio e a bola sobrou para Leonardo Villagra empatar.
Se dominava até então, o Cruzeiro recuou após o vacilo. O Nacional-PAR, por outro lado, até buscou aumentar a pressão. Mas, sem qualquer organização ofensiva, não voltou a chegar com perigo no primeiro tempo.
O panorama seguia similar na etapa final. O Cruzeiro controlava com certa tranquilidade e o Nacional-PAR pouco ameaçava até os 17 minutos, quando Núñez avançou pela esquerda, cruzou e Adam Bareiro apareceu livre, sem marcação, para cabecear no canto e fazer o gol da virada. Em mais um erro – agora de Caicedo, que não acompanhou na marcação – o time mineiro via um jogo aparentemente fácil se complicar.
Mano Menezes ainda mandou a campo Alisson e Fabrício. Mas, aos 31 minutos, quando Léo recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, a situação ficou ainda mais dramática. O Cruzeiro, assim, segurou-se até o apito final. E a decisão foi para os pênaltis.
A noite, porém, não era de Mano Menezes. Suas duas apostas no segundo tempo erraram as cobranças – Fabrício, na trave, e Alisson, defendido por Santiago Rojas. O goleiro do time paraguaio ainda converteu sua cobrança, pegou o quinto e decisivo pênalti do Cruzeiro – batido por Arrascaeta -, assegurou o triunfo por 3 a 2 e foi o herói da classificação do Nacional, que tenta retomar o caminho da glória após ser vice-campeão da Copa Libertadores em 2014.
Além do Nacional-PAR, estão classificados o Palestino (Chile), que avançou ao superar o Atlético Venezuela também nos pênaltis, por 7 a 6, fora de casa, nesta quarta-feira, após vitória chilena no tempo normal por 1 a 0; a Ponte Preta, o Nacional Potosí, da Bolívia, e o Deportivo Cali, que se garantiram na última terça.
Já o Olimpia, do Paraguai, e o Junior Barranquila, da Colômbia, classificaram-se por terem sido os melhores eliminados da terceira fase da Libertadores. A segunda fase contará, ainda, com os oito times que forem terceiros de seus grupos na principal competição do continente.