Ameaças à Amazônia estão constantemente no noticiário, assim como os impactos que a perda da floresta podem ter não apenas para o ambiente local, mas para o clima, a agricultura, a produção de energia e o regime de chuvas em lugares tão distantes quanto São Paulo. Mas não é raro que mesmo um leitor atento dessas notícias na maior cidade do País possa não entender bem o que a floresta tem a ver com sua vida na megalópole.
É o que o Google se propõe a ajudar a responder com uma nova plataforma lançada ontem no Google Earth. O “Eu sou Amazônia” (g.co/EuSouAmazonia) traz 11 histórias interativas, compostas por vídeos, mapas, áudio e realidade virtual em 360°, com os mais diferentes aspectos da região e com a promessa de revelar as conexões da maior floresta tropical do mundo com internautas de qualquer parte do planeta.
O material, que conta com produções do cineasta brasileiro Fernando Meirelles, e parceria com o Instituto Socioambiental, mostra o papel da floresta na regulação das mudanças climáticas e na produção de água, alimentos e remédios e os desafios e riscos que enfrenta por meio de histórias de quem vive ali. São indígenas, ribeirinhos, quilombolas e produtores rurais que por lá chegaram quando o desmatamento era incentivado pelo governo e hoje apoiam a preservação.
Atlas
As apresentações são divididas em: água; mudança (sobre a região de Paragominas, no Pará, que foi severamente desmatada ao longo de 40 anos e hoje trabalha para se tornar a primeira cidade verde da região); alimento; raiz; inovação (sobre o povo Paiter Suruí, que descobriu com a tecnologia uma forma de monitorar sua terra e conseguiu sobreviver); liberdade (sobre quilombolas que encontraram na Amazônia um lar após fugirem da escravidão); resistência; resiliência (sobre as ameaças que desmatamento, agrotóxicos e mudanças climáticas trazem ao Xingu); aventura (sobre uma trilha de 36 km com os ianomâmis até o Pico da Neblina); e conhecimento. Por fim, há um atlas de 20 terras indígenas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.