O dólar opera em baixa ante o real na manhã desta terça-feira, 24, em linha com a desvalorização no exterior, onde o apetite por ativos de risco predomina. Investidores operam na expectativa de um acordo entre o governo americano e os Democratas em torno do pacote fiscal, que poderá injetar US$ 1,7 trilhão na economia dos Estados Unidos. Ecoam ainda uma série de novas medidas, incluindo compras ilimitadas de ativos, anunciadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na segunda-feira.
Pontualmente, o dólar renovou máximas após os dados de vendas no varejo fracos em janeiro ante dezembro, que apoiam as apostas de corte da Selic em maio.
Com isso, pode diminuir ainda mais o diferencial de juro interno e externo, desestimulando ingressos de capitais estrangeiros no País.
As vendas do comércio varejista caíram 1,0% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal – pior que a mediana das estimativas, negativa em 0,4%, e perto do piso do intervalo das previsões dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (baixa de 1,30% a avanço de 0,50%). Na comparação com janeiro de 2019, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 1,3% em janeiro de 2020 – também abaixo da mediana positiva de 2,70%, mas dentro do intervalo (+1,10% a +4,10%).
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,6% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, ficando melhor que a mediana, negativa em 0,5%, e dentro do intervalo de projeções (-2,10% a +1,60%). Ante janeiro de 2019, sem ajuste, o varejo ampliado teve alta de 3,5% em janeiro de 2020 – acima da mediana de +1,70% e dentro do intervalo esperado (-1,10% a +5,10%).
Às 9h41, o dólar à vista caía 1,16%, a R$ 5,0753. O dólar futuro de abril recuava 1,39%, a R$ 5,0785.