A aversão ao risco no exterior contamina o mercado local, que opera o dólar em alta. Também o cenário fiscal interno segue no radar, após o presidente Jair Bolsonaro pedir ao Congresso Nacional a liberação de um crédito extra de R$ 10 bilhões, uma manobra para escapar da punição por descumprimento da chamada regra de ouro.
Os dados mistos do IBC-BR são monitorados. O indicador que é considerado uma prévia do PIB, teve alta de 1,06% em agosto, na margem, abaixo da mediana de 1,70% das previsões do mercado (intervalo de 0,90% a 3,44%). Ante agosto de 2019, o IBC-BR caiu 3,92% em agosto de 2020, sem ajuste, menor que mediana de -4,10% das estimativas (-4,80% a -3,01%).
Já o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 1,1 ponto em setembro, para 96,4 pontos em outubro, enquanto o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 3,9 pontos, para 79,5 pontos.
No exterior, o dólar sobe ante euro e libra, mas cai ante o iene em meio à busca por segurança, e também ganha em relação a grande parte das divisas emergentes e ligadas a commodities. Os principais catalisadores são o impasse em torno de um novo pacote fiscal nos Estados Unidos, a segunda onda de covid-19 na Europa, que impõe novas restrições na França e Portugal, enquanto a Irlanda estaria para anunciar "lockdown"; e ainda por ser hoje a data limite imposta pelo primeiro ministro britânico, Boris Johnson, para um acordo com do Reino Unido com a União Europeia pós-Brexit.
Às 9h27 desta quinta-feira, o dólar à vista subia 0,52%, a R$ 5,6273. No mesmo horário, o dólar futuro de novembro avançava 0,62%, a R$ 5,630.