Dólar sobe com cautela global sobre pacote dos EUA e risco fiscal local

O dólar sobe, após três quedas consecutivas no mercado doméstico, diante da cautela global com o pacote fiscal americano de US$ 1,9 trilhão, que pode vir a ser reduzido no Congresso do país. Também há preocupação com a segunda onda da covid-19 no Brasil, que pode agravar ainda mais o problema fiscal do governo federal e de Estados e municípios. Os dados das vendas no varejo no País em novembro vieram abaixo das medianas das estimativas do mercado, mas ficam em segundo plano, segundo operadores de câmbio.

Segundo o IBGE, as vendas do comércio varejista caíram 0,1% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio abaixo da mediana das previsões (0,3%), calculada a partir das estimativas dos analistas ouvidos pelo <i>Projeções Broadcast</i>, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que esperavam desde uma queda de 0,60% a uma alta de 1,50%.

Em relação à crise sanitária no País, a situação crítica no Amazonas, com o aumento de mortes por asfixia por falta de oxigênio para tratamento da covid-19 e transferências de pacientes para outros Estados, gera receio de descontrole da segunda onda da doença por todo o País. O mercado aguarda ainda o anúncio hoje da reclassificação do Plano São Paulo, que define as regras da quarentena no Estado. Na quinta-feira, 14, de acordo com o consórcio de imprensa, foram registrados 68.656 novos casos e a média móvel de mortes está em mil no Brasil.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu ontem a retomada das atividades do Congresso já na próxima semana. A proposta tende a apoiar desconforto pela possibilidade de votação de medidas emergenciais, como lockdown e necessidade de retomada do auxílio emergencial e de estímulos à economia. Também poderá atrapalhar a campanha dos candidatos às presidências da Câmara e do Senado.

Às 9h28 desta sexta-feira, 15, o dólar à vista subia 0,61%, a R$ 5,2410, enquanto o dólar futuro de fevereiro avançava 0,84%, a R$ 5,2415.

Mais cedo, a FGV informou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,33% em janeiro, após ter aumentado 1,97% em dezembro. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo <i>Projeções Broadcast</i>, que esperavam uma alta entre 0,62% e 2,51%, com mediana positiva de 1,22%. O índice acumulou um aumento de 1,33% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 24,49%.

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