Um dia após ter negado seu terceiro recurso para tentar deixar a prisão, Daniel Alves reafirmou sua inocência diante da acusação de estupro. Preso desde janeiro em Barcelona, na Espanha, o lateral-direito disse que tem convicção de que ficará provado na Justiça que não é culpado.
Em declarações publicadas pelo portal espanhol Servimedia, Daniel Alves afirmou que apenas duas pessoas sabem o que, de fato, aconteceu na casa noturna Sutton, no dia 30 de dezembro: ele e a denunciante. "Só duas pessoas sabem o que aconteceu e, principalmente, o que não aconteceu. Estou dizendo a verdade", afirmou o jogador, por intermédio do seu advogado.
"Será provado que não sou culpado. Foi uma relação consensual e nunca me passou pela cabeça impor o ato sexual a ninguém, como está escrito." Desde 20 de janeiro, Daniel Alves ofereceu diversas versões ao caso. Inicialmente, afirmou não conhecer a mulher que o acusa. Em seguida, negou a relação sexual. No momento, o lateral defende que a relação foi consensual e que, ao oferecer múltiplas versões à Justiça, tentou preservar seu casamento com a modelo Joana Sanz.
"Este (defender seu casamento) foi o único motivo e agora não tenho nada a esconder. Falam em infinitas versões, mas falei duas vezes perante a juíza", disse Daniel Alves. Em janeiro, o jogador foi, voluntariamente, depor na Justiça espanhola. Eles estava no país, ao lado da mulher, para comparecer ao velório da sogra. "Fiz isso para defender e provar minha inocência."
O novo recurso da defesa do jogador brasileiro usava a presença de seus filhos e da ex-mulher, que residem agora na Espanha, em tentativa de mostrar ao Ministério Público da Catalunha que ele não tem intenção de deixar o país antes de um possível julgamento para esclarecimento do caso. A previsão mais otimista é que Daniel seja julgado em setembro.
"Aqui (em Barcelona), fundei a empresa que gere a minha carreira e os meus direitos esportivos e de imagem. Aqui comprei a única casa que tenho", defendeu o jogador brasileiro.
O pedido foi entregue na última sexta-feira e a resposta saiu na segunda, em mostra que a Justiça de Barcelona trata o caso como tolerância zero. O recurso foi analisado pela Terceira Seção de Audiência do Tribunal de Barcelona, a instância mais alta da Justiça da Catalunha.