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Daniele Hypolito brilha e Brasil fecha Copa do Mundo em São Paulo com 13 medalhas

Na última competição em casa antes dos Jogos Olímpicos, a ginástica artística brasileira mostrou sua capacidade. Na etapa de São Paulo da Copa do Mundo, no Ginásio do Ibirapuera, o Brasil faturou 13 medalhas – seis ouros, quatro pratas e três bronzes. Só neste domingo foram oito conquistas dos ginastas da casa, sendo cinco douradas.

Depois de mais uma bela apresentação de Arthur Zanetti, nas argolas, e da superação de Sérgio Sasaki, na barra fixa, Daniele Hypolito foi o grande destaque do segundo dia de finais em São Paulo. A ginasta de 31 anos, que no sábado levou o ouro no salto, subiu ao lugar mais alto do pódio no solo e na trave. Com três medalhas douradas na bagagem, ela deixa a competição satisfeita.

“Foi ótimo, estou feliz e agradecida a todo mundo que tem trabalhado comigo, a confiança que as pessoas estão depositando em mim. Não acabou aqui, a gente tem dois meses firme para a Olimpíada”, diz Daniele. E continua: “Foi uma competição constante. Quem olha para mim sabe que estou firme. É continuar trabalhando isso.”

O apoio do público passou segurança para a ginasta, que transpareceu confiança nas duas disputas. No solo, o ouro veio com a nota 13,950. E essa não foi a única medalha do Brasil no aparelho. A jovem Carolyne Pedro, em seu primeiro ano na categoria adulta, obteve 13,300 e faturou o bronze. Ela teve de dividir o terceiro lugar com a chilena Simona Castro, que teve a nota revisada. A prata foi para Ngam Kim, da Alemanha.

“Meu primeiro bronze, estou muito feliz. Acho que pode ajudar muito (na briga pela vaga de reserva da equipe olímpica), estou treinando bastante para isso”, afirmou a novata.

Na trave, Daniele havia se classificado na sexta-feira atrás de Rebeca Andrade. Mas a veterana se sobressaiu neste domingo ao anotar 14,350 e ainda se beneficiou de uma queda da companheira de seleção. Dessa forma, garantiu sua terceira medalha dourada na etapa da Copa do Mundo.

Apesar da falha de execução, Rebeca não ficou de mãos vazias e, com 13,000, leva a medalha de bronze para casa. O segundo lugar ficou com Simona Castro, do Chile. “Foi um erro, fiz bem torto. Não foi nervosismo, até porque depois eu subi na trave e terminei a série normal”, justificou.

No masculino, o Brasil garantiu uma dobradinha nos saltos com o ouro de Arthur Nory Mariano e a prata de Sérgio Sasaki. Após sofrer uma queda na barra fixa, Nory reencontrou o foco para garantir a vitória na sua segunda prova do dia. A média 14,800 (15,000 no primeiro salto e 14,600 no segundo) deu a ele a medalha de ouro.

“Deu para testar algumas séries. É muito importante para adquirir mais confiança. Agora vou pegar o que foi bom, apagar o que foi ruim e melhorar isso nos treinos”, avalia Nory. O atleta também reconhece que sentiu um pouco de nervosismo na primeira prova do dia. “Acho que foi um pouco de ansiedade. Eu queria tanto mostrar serviço, que acabei falhando no final.”

Sasaki – prata no cavalo com alças, no sábado, e o ouro na barra fixa, na abertura deste domingo – fez o melhor salto do dia (15,150), mas não repetiu o bom desempenho no segundo (14,200) e deixou o ouro escapar. Sem ameaça para os brasileiros, o bronze ficou com o japonês Jumpei Oka (13,775).

“Duas medalhas de prata e uma de ouro, acho que estou no caminho. Mesmo tendo uma falha no salto até que grande, consegui ficar com a prata. É um salto que quero melhorar bastante para tentar uma final olímpica, quem sabe até uma medalha. Tenho de testar, ele tem de sair perfeito. O momento de errar é agora”, diz Sasaki. Os dois ginastas generalistas estão na briga por uma vaga na equipe olímpica do Brasil.

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