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Defesa de José Dirceu pede que ex-ministro permaneça em Brasília

A defesa do ex-ministro José Dirceu encaminhou no início da tarde desta segunda-feira, 3, um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-ministro não seja transferido para Curitiba. Dirceu foi preso hoje em Brasília, em nova fase da Operação Lava Jato, por decisão do juiz Sérgio Moro, que cuida das investigações na primeira instância.

Moro pediu ao Supremo que o ex-ministro seja transferido para Curitiba, para onde foram levados os demais presos na Operação. Como Dirceu cumpre pena em regime aberto por determinação do STF, devido à condenação no caso do mensalão, o deslocamento precisa ser autorizado pelo ministro Luis Roberto Barroso, que é relator do mensalão na Suprema Corte.

No pedido, o criminalista Roberto Podval escreve que considera “totalmente desnecessária” a transferência de Dirceu para Curitiba, como foi pedido por Moro ao Supremo. Para defender a permanência do ex-ministro em Brasília, o advogado argumenta que Dirceu mora na capital federal e que quando ele se dispôs a prestar esclarecimentos ao juiz Sério Moro sobre seu suposto envolvimento na Lava Jato, um delegado de polícia disse a ele que não era necessário o deslocamento a Curitiba.

Ainda no pedido, a defesa diz que o caso de Dirceu é diferente do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que foi preso na Lava Jato enquanto cumpria pena do mensalão. Nesse caso, o Supremo autorizou o deslocamento de Corrêa de Pernambuco ao Paraná. Contudo, Podval argumenta que o Estado de Pernambuco é muito mais distante de Curitiba do que Brasília e que na capital federal já existem autoridades que estão cuidando do caso Lava Jato. Fato que, segundo ele, não havia em Pernambuco, o que justificaria a transferência de Corrêa.

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