O Ministério da Defesa ficou com a maior fatia dos investimentos previstos no Orçamento de 2023: R$ 7,4 bilhões, de um total de R$ 22,4 bilhões, mais do que os valores para saúde (R$ 1,5 bilhão), educação (R$ 1,7 bilhão) ou infraestrutura (R$ 4,7 bilhões).
O valor total reservado a novos investimentos no próximo ano é o menor da história. Ele vem caindo ano a ano, mas no caso de 2023 a Defesa perdeu proporcionalmente menos em comparação ao corte geral.
As emendas parlamentares costumam aumentar os recursos para atender a projetos de interesse dos congressistas, mas não têm sido suficientes para conter a queda. Em 2021, o projeto do Executivo mais as emendas levaram os investimentos a R$ 49 bilhões, mas só R$ 16,9 bilhões foram efetivamente realizados no mesmo ano.
Considerando o custeio dos órgãos públicos e os investimentos, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos ficou com o menor valor: a pasta terá R$ 327,9 milhões em 2023 para todas as ações, incluindo salários, manutenção das unidades vinculadas ao ministério e ações de proteção à mulher, à criança e ao idoso. Já o Ministério do Trabalho e Previdência, responsável pelo pagamento de aposentadorias, terá o maior orçamento (R$ 974 bilhões), mas a fatia que representa as despesas de custeio e investimentos não obrigatórias soma R$ 2,5 bilhões – menos de 1% do total.
Ao observar o detalhamento das despesas, é possível identificar as prioridades da administração federal na hora de distribuir os recursos que não têm destinação específica. O Executivo reservou R$ 1,4 bilhão para a compra de caças da Aeronáutica, enquanto os investimentos em saneamento básico ficaram com R$ 16 milhões.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>