A demanda interna por bens industriais encolheu 0,6% em agosto ante julho, conforme o Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais, divulgado nesta quinta-feira, 18, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Na comparação com agosto de 2017, a demanda interna por bens industriais cresceu 3,7%, acima da alta de 2,0% na produção industrial nessa mesma base de comparação, como anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado em 12 meses, a demanda interna também cresce (5,5%) acima da produção nacional (3,1%).
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais é construído a partir da produção industrial doméstica, descontadas as exportações e acrescidas as importações. Na passagem de julho para agosto, enquanto a produção interna líquida de exportações caiu 0,8%, as importações de bens industriais cresceram 1,1%.
A queda de 0,6% foi puxada pelos segmentos bens de capital (-7,6%) e bens de consumo semi e não duráveis (-3,1%). O consumo aparente de bens intermediários foi o único segmento a não apresentar recuo, com alta de 0,1%.
A demanda interna por bens da indústria de transformação recuou 1,6% sobre julho, ao contrário da extrativa mineral, que se recuperou da forte queda do mês anterior (-19,2%) e registrou alta de 29,9% em agosto.
Apenas oito segmentos avançaram, de um total de 22 pesquisados no indicador do Ipea. “Os principais destaques positivos do mês de agosto, frente a julho, foram os segmentos farmoquímicos (2,9%) e veículos (2,1%)”, diz a nota do Ipea.
Na comparação com agosto de 2017, 13 dos 22 segmentos registraram alta. Os destaques também ficaram por conta de veículos (19,6%) e farmoquímicos (12,7%).