O deputado Luiz Ovando (MG), um dos lideres do PSL na Câmara defendeu nesta segunda-feira, 7, durante debate sobre as prioridades do Legislativo em 2022, o uso de medicamento comprovadamente ineficazes no tratamento da covid-19, e se colocou contra a vacina, mesmo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e os dados mostrando que a imunização é eficaz e segura.
"O uso da cloroquina, ivermectina e hidroxicloroquina, são medicações que se fossem usadas, isso tem projeção, nós teríamos reduzido mais de 60% de mortes. Eu como médico continuo tratando os pacientes agora. A vacina provou que ela não é eficaz", afirmou.
Ovando também defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que "nós demoramos, não foi o presidente que demorou". O deputado afirmou ainda que "o mundo inteiro está tendo condições, inclusive de não atentar para o fato de quando você contraria princípios epidemiológicos você contraria e piora a evolução da doença, foi o que aconteceu, vacinou-se por ocasião de pandemia então não tem jeito, nós precisamos atentar pra isso e não ficar repetindo falácias que na verdade não levam a lugar nenhum".
O líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), que também participou do programa, rebateu a fala do Ovando e pediu para que as pessoas que ainda não tomaram a segunda dose completem o sistema vacinal e vacinem as crianças. "É uma extrema irresponsabilidade, com todo respeito, defender a cloroquina em plena expansão da Ômicron. É evidente que se não fosse a vacinação talvez dezenas de milhares de brasileiros iriam perder a vida. Vacina salva sim, salva vidas. É uma irresponsabilidade nessa altura do campeonato defender cloroquina".