O PT do B, mais um partido aliado a atual administração do prefeito Sebastião Almeida (PT), dono da Secretaria Municipal do Trabalho desde o início do segundo mandato, abandona a nau petista e embarca em uma pré-candidatura que se apresenta da oposição. O partido está fechado com o PRB do deputado estadual Jorge Wilson, que juntou em torno do nome dele outros cinco legendas: PTC, PSDC, Pros, PMN e PRP.
Sem identidade
Já o PDT de José Pereira, que se lançou pré-candidato a prefeito sem convencer ninguém, atira para todos os lados. Ao mesmo tempo em que estuda proposta do PT de Elói Pietá, pode ir para os braços de Miguel Martello (PSD) ou do deputado federal Eli Correa Filho (DEM). Ou seja, tanto pode seguir governista, como sempre foi durante as administrações de Almeida, como pender para uma das duas pré-candidaturas que se apresentam como oposição. É um exemplo claro de quem não tem qualquer identidade ou ideologia política.
Na ativa
Aproveitando o recesso na Assembleia Legislativa, o deputado Jorge Wilson colocou os dois pés dentro de sua pré-campanha. Começou a aparecer mais para a mídia local e a participar intensamente de reuniões políticas para a definição de sua estratégia de trabalho. Aposta na capilaridade que poderia ser proporcionada pelo grande número de partidos em torno de seu nome (sete até agora) e na penetração que teria na periferia por estar há quatro anos em programas da TV Record, em quadros sobre defesa do consumidor.
Uma coisa é uma coisa
Quando questionado sobre sua ligação com a atual administração municipal do PT, já que comandou o Procon, um órgão da Secretaria de Assuntos Jurídicos, tenta se sair pela tangente. Garante que a pasta que dirigia era uma espécie de apêndice do Executivo, que nunca se curvou à política partidária, estando sempre ao lado da população. Garante que teria tranquilidade para se apresentar como oposição ao PT. No entanto, evita criticar diretamente Almeida e Pietá.
Palavras dadas
Alguns partidos que já declararam apoio a pré-candidaturas ainda podem mudar de direção. Mesmo com as convenções municipais, que começam neste final de semana, tem gente puxando conversa com outros prefeituráveis em busca de melhores condições para enfrentar o período eleitoral. O argumento é sempre o mesmo: nem tudo aquilo que foi prometido se confirmou. Ou ainda coisas do gênero: era isso, mas agora não é mais. Se quiser, é assim.