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Dez de 27 diretórios do PMDB pedem antecipação da convenção, dizem deputados

Pelo menos 10 dos 27 diretórios estaduais do PMDB já assinaram documento pedindo a antecipação da convenção nacional do partido, prevista para março do próximo ano. No evento, o partido pode decidir pelo desembarque do governo Dilma Rousseff. Os apoiamentos começaram a ser colhidos por deputados peemedebistas da ala pró-impeachment no último fim de semana, e já são suficientes para que a direção do partido seja obrigada a atender a solicitação. A ideia seria antecipar o evento para janeiro.

Comandantes da articulação, os deputados Osmar Terra (PMDB-RS) e Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) afirmam que já assinaram o documento os presidentes dos diretórios do PMDB de Bahia, Pernambuco, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Acre e Tocantins. Apesar de as assinaturas já serem mais do que as 9 necessárias, os parlamentares destacam que o número de apoiamentos pode aumentar, pois pelo menos 15 diretórios teriam se manifestado a favor da antecipação na semana passada.

Vieira Lima explica que, mesmo já tendo o número de assinaturas suficiente, o documento só será apresentado à direção nacional do PMDB “quando for conveniente”. “Esperamos que o governo recue com essa articulação. O governo não é maluco”, disse.

A coleta de assinaturas para antecipar a convenção é mais uma estratégia da ala do PMDB pró-impeachment para barrar a articulação do PMDB do Rio de Janeiro e do Planalto para tentar reconduzir Leonardo Picciani (RJ) à liderança da bancada do partido na Câmara. O parlamentar carioca foi destituído do cargo na semana passada, após deputados da ala pró-impeachment apresentarem lista com assinaturas de 35 dos 66 deputados do PMDB pedindo a indicação de Leonardo Quintão (MG) ao posto.

Segundo o Regimento Interno do PMDB, a convenção só pode ser antecipada por dois caminhos: assinaturas de 1/3 dos 27 diretórios – ou seja, por 9 deles – ou por determinação da Executiva Nacional, presidida pelo vice-presidente da República, Michel Temer.

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