Economia

Dilma diz que parceria entre Brasil e China é estratégica

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 19, que a parceria entre Brasil e China é “estratégica” para os dois países e que é construída por meio de “princípios de igualdade”. “É com satisfação que recebo a primeira visita ao Brasil do chefe de governo, acompanhado de expressiva delegação governamental e empresarial”, afirmou Dilma, durante cerimônia de assinaturas de diversos acordos entre Brasil e China, no Palácio do Planalto, que conta com a presença do primeiro-ministro da China, Li keqiang.

A presidente disse ainda que aceitou um convite do presidente chinês Xi Jinping e que programa uma nova visita ao país asiático em 2016. Segundo Dilma, a reunião com a comitiva chinesa hoje pela manhã foi marcada por diálogo franco e disposição de avançar, para fortalecer e efetivar a parceria. “Tivemos nesta manhã uma reunião produtiva”, disse, destacando um plano conjunto que prevê ações entre 2015 e 2021. “Esse plano inaugura uma etapa superior do nosso relacionamento”, disse.

Entre os diversos acordos firmados entre os dois países, Dilma destacou “em especial” os acordos firmados nas áreas de infraestrutura e comércio. “Teremos a oportunidade dialogar com o empresariado dos dois países sobre o importante papel que exercem nesse processo”, afirmou.

Dilma destacou ainda que o projeto de infraestrutura que pretende ligar áreas brasileiras, via Peru, mais rapidamente ao porto Chinês. “Brasil, Peru e China iniciam juntos estudos de viabilidade para conexão ferroviária transcontinental, que vai cruzar o nosso País sentido leste-oeste”, disse. “A ferrovia vai cortar o continente sul-americano, ligando o Oceano Atlântico e o Pacífico. E convidamos empresas chinesas a participar dessa grande obra”, completou, destacando que a ferrovia atravessará os Andes até chegar ao Peru. “É um novo caminho para a Ásia, que vai reduzir a distância e os custos”, acrescentou. Após a cerimônia, Dilma participa de almoço com a comitiva chinesa.

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, e o diretor da Administração Nacional de Ciência, Tecnologia e Indústria para Defesa Nacional da China, Xu Dazhe, assinaram um “memorando de entendimento sobre sensoriamento remoto, telecomunicações e tecnologia da informação”.

O Brasil deve ainda construir em parceria com a China uma fábrica de painéis solares fotovoltaicos. Segundo documento obtido pela reportagem, o acordo será fechado entre a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex) e a BYD Energy do Brasil. A cooperação prevê investimentos de R$ 150 milhões para a construção da fábrica.

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