O estoque da dívida pública federal (DPF) caiu 0,87% em janeiro, quando atingiu R$ 3,528 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 26, pelo Tesouro Nacional. Em dezembro, o estoque estava em R$ 3,559 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 21,76 bilhões em janeiro. Já as emissões de papéis totalizaram R$ 56,813 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 109,311 bilhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 52,50 bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 0,87% e fechou o mês passado em R$ 3,405 trilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,76% menor, somando R$ 122,85 bilhões no primeiro mês do ano.
12 meses
A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 16,94% em dezembro para 17,93% em janeiro, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida subiu de 4,26 anos em dezembro para 4,32 anos no mês passado.
O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 10,29% ao ano em dezembro para 10,06% ao ano em janeiro.
Prefixados
A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 35,34% em dezembro para 33,80% em janeiro. Já os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia, de 31,51% para 32,43%.
Os títulos remunerados pela inflação subiram para 30,17% do estoque da DPF em janeiro, ante 29,55% em dezembro. Os papéis cambiais mantiveram uma participação na DPF de 3,60%.
Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2018 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 31% a 35%.
No caso dos que têm índices de preços como referência, a meta é de 27% a 31% e, no de câmbio, de 3% a 7%.
Estrangeiros
Os estrangeiros aumentaram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em janeiro. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi subiu de 12,12% em dezembro para 12,41% no mês passado, somando R$ 422,64 bilhões, segundo os dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Em dezembro, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 416,33 bilhões.
Os fundos de investimentos voltaram a ser os maiores detentores de títulos do Tesouro em janeiro, passando de 25,18% para 27,28% do total. O grupo previdência reduziu a participação de 25,46% em dezembro para 24,98% no mês passado.
A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve queda de 22,32% em dezembro para 21,29% em janeiro . Já as seguradores tiveram recuo na participação de 4,78% para 3,90%.