Em seu maior desafio em Roland Garros até agora, o sérvio Novak Djokovic levou um susto nesta sexta-feira diante de Stefanos Tsitsipas. Mas mostrou sua reconhecida resistência física para derrubar o grego por 3 sets a 2, com parciais de 6/3, 6/2, 5/7, 4/6 e 6/1, em 3h54min, e alcançar mais uma final de Grand Slam.
O número 1 do mundo abriu 2 sets a 0, mas cedeu o empate ao 6º do ranking. No entanto, retomou o domínio no set decisivo e confirmou o favoritismo. Na decisão, no domingo, o sérvio vai reencontrar um velho conhecido: Rafael Nadal. O espanhol busca o surpreendente 13º título em Roland Garros.
Se o espanhol mira o 20º título de Grand Slam da carreira, para igualar o recorde do suíço Roger Federer, Djokovic quer o 18º troféu, principalmente após o fiasco protagonizado no US Open. Em Nova York, o líder do ranking não tinha a concorrência dos seus dois maiores rivais, mas não aproveitou a chance porque foi desclassificado nas oitavas de final por ter acertado uma bolada numa juíza de linha.
Desta vez, Djokovic não polemizou dentro e nem fora da quadra. E voltou a uma final de Roland Garros, o que não acontecia desde 2016, quando faturou seu único título no Grand Slam francês. Em Paris, ele perdeu duas finais para Nadal e uma para o suíço Stan Wawrinka. No domingo, disputará sua 27ª final da carreira em torneios deste nível.
Nesta sexta, Djokovic fez um jogo de altos e baixos, o que ainda não havia acontecido em Paris. Ele dominou os dois primeiros sets até com certa facilidade. E chegou a ter um match point no terceiro set. Porém, perdeu a concentração, caiu de rendimento e viu o grego aproveitar suas chances para buscar o empate em 2 sets a 2.
Sem reclamar de dores no pescoço ou no ombro, o que havia acontecido no jogo anterior, o sérvio só "voltou" ao jogo na quinta parcial. Mais concentrado, obteve duas quebras em sequência e praticamente acabou com o ânimo do rival, que não escondia o cansaço físico e mental.
O número 1 do mundo terminou o jogo com oito quebras de saque, contra quatro do grego. Os demais números da partida confirmam o equilíbrio do duelo. Djokovic disparou 56 bolas vencedoras, diante de 52 de Tsitsipas. E falhou menos: cometeu 50 erros não forçados, contra 56 do oponente.