Estadão

Dólar segue movimento defensivo no exterior e avança além dos R$ 5

O dólar rompeu a barreira dos R$ 5 na manhã desta quarta-feira, 27, dando continuidade ao movimento de busca por proteção instalado no mercado internacional. O "fly to quality" leva o dólar a avançar de maneira generalizada, apesar do ambiente mais ameno para os juros dos Treasuries, as bolsas e as commodities – o que pode amenizar a pressão.

O presidente da distrital do Federal Reserve em Minneapolis, Neel Kashkari, disse nesta quarta, em entrevista à CNN, que há um risco de que os juros norte-americanos precisem subir mais se os aumentos já implementados não desacelerarem a economia como se espera. Por outro lado, ele ponderou que uma eventual paralisação do governo dos EUA ou greve estendida de trabalhadores da indústria automotiva poderiam ter impacto negativo na economia, o que significa que o Fed talvez precisaria se esforçar menos para trazer a inflação de volta à meta oficial de 2%.

Na China, houve recuperação moderada do minério de ferro, que subiu 0,59% em Dalian, depois que o Banco do Povo da China (PBoC) informou que deve intensificar o apoio à economia do país, que, segundo a autoridade monetária, enfrenta graves desafios externos e o enfraquecimento da demanda interna.

No cenário doméstico, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quarta que a proposta do governo federal para alterar o regime de pagamento de precatórios não contaminará a discussão sobre o cumprimento das metas fiscais previstas no novo arcabouço.

Às 10h36, o dólar à vista era cotado a R$ 5,0087, em alta de 0,43%. O dólar futuro para outubro era cotado a R$ 5,0095, com ganho de 0,36%.

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