“O coração do homem apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê ao homem um coração novo. No tempo que antecede ao Natal, devemos buscar a conversão que, antes de tudo, é uma obra da graça de Deus que conduz nossos corações até Ele: “Converte-nos a ti, Senhor, e nos converteremos” (Lam 5,21). Deus dá-nos a força de começar de novo.
Após descobrir a grandeza do amor de Deus é que nosso coração se dá conta do peso que nos trás o pecado e começa a ter medo de ofender a Deus e ser separado dele. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, “o coração humano converte-se olhando para Aquele que foi transpassado por nossos pecados”. (cf. pág. 1432).
O Catecismo ainda nos ensina que o pecado é “uma palavra, ato ou desejo contrários à lei eterna (…); é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; e é uma falta ao amor verdadeiro, para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana.” (cf. p. CIC 1849).
Por esse motivo, a conversão traz, ao mesmo tempo, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja. É possível obter essa conversão por meio dos sacramentos a seguir:
Sacramento da Conversão: é o convite de Jesus à conversão, o caminho de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado. Chama-se Sacramento da Penitência, porque consagra um esforço pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação do cristão pecador.
Sacramento da Confissão: num sentido profundo, a “confissão” é um reconhecimento e louvor da santidade de Deus e de sua misericórdia frente ao homem pecador. É chamado também de Sacramento do Perdão, porque, pela absolvição sacramental do sacerdote, Deus concede o “perdão e a paz”.
Sacramento da Reconciliação: dá ao homem o amor de Deus que reconcilia: “Reconciliai-vos com Deus” (II Cor 5,20). Quem vive do amor misericordioso de Deus está pronto a responder ao apelo do Senhor: “Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão” (Mt 5,24).
De acordo como o Papa João Paulo II, “o Sacramento da Reconciliação é essencial para a vida cristã. Não pode ser nem desprezado nem omitido se quer que o germe da vida divina se desenvolva no cristão e dê todos os frutos desejados”. É tempo de Natal, período em que devemos nos reconciliar com os irmãos para também recebermos a graça de receber Jesus em nossos lares.
Deus abençoe você!
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova e Presidente de Honra da Fundação João Paulo II. É autor de 48 livros, milhares de palestras em áudio e vídeo. Acesse: www.padrejonas.com / http://twitter.com/padrejonasabib