A Polícia Militar desocupou na manhã desta sexta-feira (13) o prédio da Diretoria de Ensino Sul, em Guarulhos. O local estava ocupado por um grupo, que protestava contra fraudes nas merendas e problemas ligados ao município. Foram encaminhadas 21 pessoas para a delegacia e duas pessoas foram presas em flagrante por furto. A minoria eram estudantes.
A Operação Restabelecimento da Ordem Pública, realizada pelo Comando de Policiamento de Área Metropolitana Sete, teve início às 6h. Alguns ocupantes teriam tentado impedir a entrada dos policiais, mas acabaram desocupando o local de forma pacifica.
Segundo a polícia, o resultado da operação foram 21 pessoas presas, entre elas apenas nove eram alunos da Rede Estadual de Ensino. No local a polícia encontrou cadeados violados, portas arrombadas e desativação do sistema automático dos portões.
Ainda segundo a polícia, foram encontrados uma “Web Cam”, cartuchos de impressoras, carimbos, canetas e clips em duas bolsas pertencentes aos ocupantes. No prédio haviam objetos que poderiam ser utilizados como armas: estilingues, correntes, alicates, estiletes e tesouras.
ocrpante contam que estavam dormindo quando foram surpreendidos com a chegada da polícia. Sobre os objetos apreendidos, os ocupantes dizem que confeccionaram após uma suposta invasão da PM que teria acontecido dias antes. “Nós não sabíamos o que podia acontecer”, disse Nayne Gutierrez, de 18 anos.
O GuarulhosWeb teve acesso ao prédio da diretoria. No local havia roupas e alimentos deixadas pelos ocupantes. Alguns lugares como o pátio principal e a cozinha foram os mais afetados. Após a desocupação e a perícia, os funcionários puderam retornar ao trabalho.
Em nota a Secretaria de Educação do Estado esclareceu que depois de reiteradas tentativas de diálogo com os ocupantes, as atividades da Diretoria Regional de Ensino Guarulhos Sul foram retomadas nesta sexta-feira (13).
Segundo a pasta, “a invasão, que permaneceu uma semana, prejudicava a tramitação de documentos e a execução de diversos serviços tais como ações pedagógicas, licitações, contratação de cuidadores para alunos com deficiência, processos de transporte escolar, pedidos de aposentadoria e licenças”. A paralisação dos serviços prestados pela Diretoria teriam prejudicado 86 escolas que somam mais de 76,5 mil estudantes. A pasta classificou a ocupação como “ação seletiva de natureza exclusivamente política”.