O dólar abriu em alta nesta quinta-feira, 20, em sintonia com o exterior, mas renovou mínima em meio à queda dos juros futuros em reação ao IPCA-15 de julho, que mostrou deflação de 0,18%, no piso das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Em junho, o indicador havia subido 0,16%. Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumula aumento de 1,44% no ano. A taxa acumulada em 12 meses até julho foi de 2,78%. O fluxo de entrada de recursos estrangeiros conduziu o dólar para o lado negativo há pouco, disse o gerente de uma corretora.
Às 9h21 desta quinta, o dólar à vista recuava 0,05%, aos R$ 3,1482. O dólar futuro para agosto caía 0,06%, aos R$ 3,1540. No exterior, a moeda americana ampliou a alta frente o euro, que registrou mínimas logo após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar a manutenção de sua política monetária. O BCE ainda afirmou que, caso a perspectiva seja menos favorável na zona do euro, o conselho da instituição segue preparado para elevar seu programa de relaxamento (QE, na sigla em inglês) e que os juros devem seguir nos níveis atuais “por um período extenso”.
Além disso, o rendimento dos Bunds de 10 anos desacelerou a 0,53%, nas mínimas do dia, enquanto os spreads dos juros dos títulos espanhol e italiano de 10 anos caiu mais de 3 pontos-base em relação ao yield dos Bunds de 10 anos. O spread espanhol-alemão caiu 3,5 pontos-base, enquanto o spread italiano-alemão recuou 3,1 pontos-base.
No horário acima, o euro caía a US$ 1,1483. Nas bolsas, Londres subia 0,70%, Frankfurt avançava 0,56% e Paris tinha alta de 0,42%, sem grandes mudanças após o anúncio do BCE.