O dólar à vista abriu esta sexta-feira, 9, em baixa no balcão, num movimento associado ao da moeda dos Estados Unidos ante a maioria de suas principais rivais no exterior, à exceção das divisas do Japão e do Reino Unido. No cenário internacional, o dólar continua a perder força depois da sinalização do Federal Reserve, ontem, de que os juros no país seguirão estáveis por mais tempo diante da inflação baixa e efeitos potenciais da desaceleração de outras economias do mundo. As taxas dos Fed Funds estão em níveis próximos de zero desde o fim de 2008.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, por sua vez, reforçou também na véspera que é preciso manter a Selic no patamar atual de 14,25% ao ano “por um período suficientemente prolongado” para fazer a inflação convergir para a meta de 4,5% até o final de 2016. Ele acrescentou que o BC tem feito intervenções no câmbio para tirar a volatilidade excessiva e que “se precisar usar algum instrumento específico, vamos usar”.
Às 9h32, o dólar balcão valia R$ 3,7430, em baixa de 1,76%, na mínima da sessão até então. Na abertura, foi cotado a R$ 3,7600 (-1,31%). Já a moeda para novembro era negociada em queda de 1,09%, a R$ 3,7720, depois de abrir com recuo de 0,51%, a R$ 3,7940.
No exterior, perto do mesmo horário, o dólar perdia terreno para o euro, com a moeda cotada a US$ 1,1377, de US$ 1,1277 no fim da tarde de ontem. Também caía ante os dólares australiano (-1,05%), canadense (-0,49%) e neozelandês (-0,56%), além do rand sul-africano (-0,28%). Pouco antes do horário mencionado, o Índice do Dólar, que pesa a moeda norte-americana ante seis principais rivais, caiu à mínima do dia (94,752).
Os investidores ainda absorvem o índice de preços das importações norte-americanas, que caiu 0,1% em setembro ante agosto. A queda foi menor que a previsto (-0,5%).