O dólar fechou em queda ante o real, devolvendo o ganhos de quarta-feira, 13, com a notícia da morte do candidato à Presidência, Eduardo Campos, em um acidente aéreo. O declínio da moeda no mercado doméstico seguiu de perto o recuo visto no exterior ante outras divisas importantes, diante do alívio das tensões geopolíticas e dados que mostraram aumento dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA.
Nos EUA, o Departamento de Trabalho disse que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 21 mil na semana encerrada em 9 de agosto, para 311 mil, após ajustes sazonais. O resultado, o maior desde 28 de junho, ficou acima da previsão de analistas, que esperavam leitura de 295 mil.
O indicador, somado ao alívio das tensões geopolíticas, provocaram queda do dólar no exterior, o que acabou se refletindo no desempenho da moeda no mercado doméstico.
O presidente Barack Obama descartou na manhã de hoje o envio de tropas para auxiliar no resgate de milhares de integrantes de minorias étnicas religiosas que estavam isolados pelo grupo conhecido como Estado Islâmico em montanhas no nordeste do Iraque. Segundo Obama, grande parte das pessoas conseguiu deixar o local nas últimas noites com a ajuda de forças curdas.
A queda do dólar ante o real refletiu ainda a entrada de recursos no mercado e um movimento de ajuste após os ganhos registrados ontem diante da notícia da morte de Campos, que acabou desencadeando incertezas sobre a corrida presidencial. O dólar à vista terminou cotado a R$ 2,2710 (-0,48%) no balcão. O giro de negócios somou cerca de US$ 819 milhões. No mercado futuro, o dólar para setembro cedia 0,48%, aos R$ 2,2810.