Economia

Dólar passa a cair, juros apagam viés de alta e fecham estáveis

Os juros futuros encerraram estáveis a sessão regular do segmento BM&F, com viés de baixa nas taxas de curtíssimo prazo. Começaram o dia levemente pressionados para cima, em linha com o avanço do dólar ante o real, mas no início da tarde zeraram a alta, rondando os ajustes anteriores ao longo da jornada vespertina.

Ao contrário da quinta-feira, 30, quando houve um expressivo incremento no volume de contratos negociados, o giro desta sexta-feira, 31, foi mais contido. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2017 fechou com taxa de 10,960%%, de 10,990% no ajuste anterior, com 197.990 contratos.

A taxa do DI janeiro de 2018 (163.485 contratos) ficou em 9,870%, de 9,880% no ajuste de ontem. A taxa do DI janeiro de 2019 (177.110 contratos) ficou estável em 9,50%. O DI janeiro de 2021 (118.530 contratos) também ficou estável, em 9,88%.

“O mercado de juros está acompanhando o dólar. Passada a definição da Ptax, o dólar voltou bem e o DI reagiu em linha”, disse o gestor de Renda Fixa da Quantitas Asset, Rogério Braga.

Pela manhã, o dólar subiu de forma expressiva a até R$ 3,1785, mas virou de forma abrupta, pouco depois das 13 horas, após o fechamento da Ptax de março, que vai balizar a liquidação de contratos de swap cambial e de contratos futuros que vencem na segunda-feira. Às 16h25 era negociado em baixa de 0,55%, aos R$ 3,1295 no segmento à vista.

A agenda local foi carregada, mas os dados divulgados vieram dentro do esperado e não chegaram a influenciar os negócios. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desocupação medida na Pnad Contínua ficou em 13,2% no trimestre encerrado em fevereiro.

Já o Banco Central mostrou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de janeiro caiu 0,26% ante dezembro, com ajuste sazonal. Informou ainda que o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 23,468 bilhões em fevereiro.

Na última hora, um dos destaques do noticiário foi o anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de que as contas de luz de abril vão incluir a bandeira vermelha, o que vai implicar cobrança de taxas extras para todos os consumidores do País. Há mais de um ano a bandeira vermelha não era acionada.

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