Os juros futuros fecharam a terça-feira, 15, com taxas entre a estabilidade e leve queda nos contratos de curto e médio prazos, enquanto a ponta longa terminou a sessão regular com ligeiro avanço. As taxas estiveram bastante pressionadas para cima durante a manhã, acompanhando a pressão nos mercados de câmbio de economias emergentes e a escalada dos rendimentos dos Treasuries. À tarde, o dólar perdeu um pouco de força ante várias divisas, incluindo o real, o que permitiu uma correção na rota das taxas futuras.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2018 encerrou com taxa de 6,245%, de 6,236% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2019 fechou com taxa de 6,350% (mínima), de 6,360% no ajuste anterior, e a taxa do DI para janeiro de 2020 caiu de 7,41% para 7,35%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou em 8,47%, ante 8,48% no ajuste de segunda, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 9,61% para 9,67%.
Às 16h29, O dólar à vista estava em R$ 3,6653 (+1,05%), após ter encostado nos R$ 3,70 pela manhã, o que levou estimulou stop loss (zeragem) de posição vendida em vários pontos da curva de juros, inflando o giro de contratos. À tarde, na medida em que o dólar se afastava dos picos do dia, o movimento estancou, permitindo alívio às taxas.
Por causa do câmbio, o mercado tem feito ajustes de posições no aguardo da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira. As apostas de um novo corte da Selic de 0,25 ponto porcentual vêm se enfraquecendo, mas ainda são levemente majoritárias, em torno de 60% de probabilidade na precificação da curva a termo, contra cerca de 40% de chance de manutenção.
Os contratos longos, mas sensíveis ao humor externo e ao risco eleitoral, terminaram em alta. Até chegaram a flertar com a estabilidade ao longo da tarde, mas voltavam a subir, acompanhando as máximas do rendimento dos Treasuries. Às 16h32, a T-Note de dez anos projetava 3,073%, maior patamar desde meados de 2011.