O dólar segue em alta no exterior e frente o real na manhã desta sexta-feira, 18, e chegou a atingir máxima no mercado à vista aos R$ 3,7310 (+0,85%) mais cedo. Os agentes financeiros mantêm suas atenções no rendimento dos Treasuries – a taxa do T-Note 10 anos rondava os 3,10%, após tocar em 3,12% durante a madrugada na Ásia – e na volatilidade do petróleo.
Internamente, a busca por hedge cambial prossegue em meio ainda ao desconforto dos investidores com a situação fiscal do governo, ausência de reformas e o cenário eleitoral desfavorável a candidato pró-mercado. O salto só não é maior porque há ofertas pontuais de exportadores, segundo um operador de uma corretora.
Lá fora, investidores seguem comprando a divisa americana apoiados pela perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) tende a apertar o passo ao elevar as taxas de juros neste ano, à medida que indicadores positivos da economia dos Estados Unidos colaboram para essa visão e a valorização do petróleo contribui para pressionar os índices de preços.
Nesta quinta-feira, 18, o presidente da distrital de Dallas do Fed, Robert Kaplan, comentou que não vê os EUA em uma recessão e se disse confiante com a economia americana, que deve crescer entre 2,5% e 2,75% este ano.
Também segue no radar a atual rodada de discussões comerciais entre EUA e China, que começou quinta e prossegue nesta sexta-feira em Washington.
Às 9h43 desta sexta, o dólar à vista subia 0,83%, aos R$ 3,730. O dólar futuro para junho avançava 0,88%, aos R$ 3,7330, após tocar em máxima aos R$ 3,7345 (+0,92%).