Depois de recuar em cinco das últimas seis sessões, o dólar terminou o pregão em alta nesta quarta-feira, 10, pela segunda vez em junho. A moeda norte-americana chegou a um preço atrativo ao terminar abaixo de R$ 3,10, ontem, e oscilar na faixa dos R$ 3,06, hoje. Isso acabou atraindo compras durante o pregão. Assim, o dólar abandonou a trajetória de baixa vista mais cedo e passou a tarde em elevação, renovando máximas.
O dólar fechou com variação de +0,58% no balcão, aos R$ 3,1160. Na mínima, marcou R$ 3,065 (-1,07%) e, na máxima, R$ 3,1170 (+0,61%). No mês, acumula queda de 2,17% e, no ano, alta de 17,36%. No mercado futuro, a moeda registrava, às 16h30, alta de 0,54%, aos R$ 3,1385. Com esse fechamento, o dólar no Brasil terminou na contramão do comportamento da divisa no exterior, onde recuou ante boa parte das demais moedas.
A liquidez mais fraca nesta tarde contribuiu para a inversão para cima da moeda. Mais cedo, o recuo do dólar no exterior e a expectativa de alta da Selic sustentaram a moeda americana no terreno negativo.
Os dados do fluxo cambial tiveram efeito pontual sobre as cotações. O Banco Central anunciou entrada líquida de US$ 382 milhões de 1 a 5 de junho. No ano, o resultado é positivo em US$ 16,176 bilhões até 5 de junho. Mas o fluxo financeiro ficou negativo em US$ 371 milhões de 1 a 5 de junho. No entanto, o dado é anterior ao anúncio da captação da Embraer, de US$ 1 bilhão em bônus no exterior, feita na segunda-feira. Na semana passada, a Petrobras captou US$ 2,5 bilhões e a Latam, US$ 500 milhões. Além disso, a coleta de dados ocorreu na semana truncada pelo feriado de Corpus Christi.