O dólar abriu esta terça-feira, 25, em alta, sinalizando que os resultados da última pesquisa Ibope não estavam precificados, segundo um operador do mercado de câmbio. Esse profissional destaca que a estagnação nas preferências de Jair Bolsonaro (PSL) não era esperado.
O candidato do PSL manteve os 28% da pesquisa anterior, enquanto o ex-prefeito da cidade de São Paulo, o petista Fernando Haddad, cresceu de 19% para 22% na pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 24. Além disso, o líder nas intenções de votos perde para todos adversários num eventual segundo turno e continua liderando o ranking da rejeição, no qual subiu de 42% para 46%.
Em conferência na capital paulista nesta manhã, a analista sênior da agência para o crédito soberano do Brasil, Samar Maziad, mostrou atenção redobrada para “a dinâmica da política local”. “É o que vai determinar as perspectivas de reformas no Brasil. (…) O rompimento da agenda de reformas será negativo para o rating brasileiro”, afirmou Samar. A analista destacou que o atual rating soberano do País prevê a continuidade da agenda reformista da política econômica vigente.
Do exterior, a influência para o mercado cambial assumiu um viés misto. Por volta das 8h, o viés era neutro, visto que o Dollar Index recuava levemente e a divisa dos EUA oscilava perto do último fechamento perante as moedas emergentes – ora com sinal negativo, ora com variação positiva. Depois das 9h30, a moeda americana acentuou os ganhos perante as divisas em que indicava alta, como o peso mexicano e a lira turca.
Às 9h40 destas sexta, o dólar à vista subia 1,25% aos R$ 4,1389. O contrato para outubro da moeda americana subia 1,04% aos R$ 4,1360, na máxima. O dólar caía 0,23% ante o rublo russo, subia 0,24% ante o peso mexicano e avançava 0,44% ante a lira turca. O Dollar Index recuava 0,07%.