Nesta segunda-feira, 22, o dólar engatou a décima alta nas últimas 11 sessões, aproximando-se da marca de R$ 2,40 e rondando no maior patamar em mais de sete meses. Além das especulações em torno de novas pesquisas eleitorais, notícias negativas da China azedaram o humor em relação às moedas emergentes, sendo que alguns operadores também citaram um fluxo de saída de dólares do País pela manhã.
O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,3950, um ganho de 0,71%, atingindo o maior patamar desde 13 de fevereiro. Ao longo da sessão, oscilou entre a mínima de R$ 2,3820 e a máxima de R$ 2,3980. Por volta das 16h30, o giro era de US$ 980,44 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para outubro avançava 1,05%, a R$ 2,3995. O volume de negócios era de quase US$ 15,77 bilhões.
No cenário eleitoral, as especulações são de que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria ampliado a vantagem sobre Marina Silva (PSB), com alguma recuperação de Aécio Neves (PSDB). Isso elevou as expectativas em torno da pesquisa Vox Populi que será divulgada na noite de hoje e pela sondagem Ibope/Estadão/TV Globo, cujos números serão conhecidos amanhã.
Some-se a isso a influência externa. O ministro de Finanças da China, Lou Jiwei, disse que Pequim não vai mudar sua política econômica de forma drástica apenas por causa da fraqueza de um indicador econômico, num comentário que pode desencorajar esperanças de medidas mais agressivas de estímulos.
A declaração pressionou as moedas emergentes e ligadas a commodities. No horário acima, o dólar tinha ganhos generalizados, com destaque para os avanços ante o rand sul-africano (+0,84%), o dólar canadense (+0,80%) e o rublo russo (+0,64%). O índice ICE Dollar, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de seis principais rivais, tinha leve queda de 0,02%, aos 84,714 pontos.