No mercado cambial, a moeda americana trabalhou em alta toda esta quarta-feira, 19, de olho no exterior, mas reduziu um pouco sua força após a divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
O dólar terminou em alta, mas longe das máximas da sessão, depois de ter caído na sexta, ficado estável na segunda e recuado ontem. A moeda fechou em 0,40% de alta, a R$ 3,4810. Na mínima, marcou R$ 3,46 e, na máxima, R$ 3,5120. O dólar para setembro subia 0,42%, a R$ 3,497, às 16h35.
A divisa exibiu na maior parte do dia trajetória de valorização, renovando as máximas antes da divulgação da ata do Federal Reserve, quando muitos profissionais se posicionaram à espera de um documento que sinalizasse o início do aperto monetário em setembro.
O documento, entretanto, além de não trazer essa sinalização, deu a entender que o mais provável é o início do aperto monetário ser adiado. Assim, muitos investidores desmontaram posições e o dólar perdeu força. Isso aconteceu no exterior também, onde euro e o iene ganharam força ante a moeda norte-americana após o Fed.
Como pano de fundo no mercado cambial, segue a desconfiança do investidor com o mercado brasileiro, sobretudo depois da nova liberação de crédito subsidiado a setores “eleitos”.
Os dados do fluxo cambial não chegaram a fazer preço nas cotações do dólar hoje. O Banco Central informou que o fluxo ficou positivo em US$ 16 milhões de 10 a 14 de agosto, elevando o saldo positivo do mês a US$ 943 milhões. No ano até o dia 14 de agosto, o resultado do fluxo cambial está positivo em US$ 8,108 bilhões.