O favoritismo do Los Angeles Lakers para conquistar o título da NBA com o retorno dos jogos após a pandemia do coronavírus não é mais importante do que o combate ao racismo. É desta forma que pensa o pivô Dwight Howard, que a exemplo de Kyrie Irving, do Brooklyn Nets, é contrário ao reinício da temporada.
Ambos apoiam as manifestações que tomaram conta dos Estados Unidos nas últimas três semanas por causa do assassinato de George Floyd, um ex-segurança negro que foi asfixiado por um policial branco em morte cujo vídeo ganhou o mundo.
Com a disputa suspensa desde março, a NBA retoma a disputa em 31 de julho, com 22 franquias duelando em apenas um local, o complexo esportivo da Disney, em Orlando, na Flórida.
"Eu concordo com Kyrie. Basquete ou qualquer tipo de entretenimento não são necessários no momento e serão apenas uma distração. Claro que pode distrair os jogadores, mas temos recursos (financeiros) disponíveis, e a maioria de nossa comunidade não tem", afirmou Howard, em entrevista à CNN.
Há 16 temporadas na principal liga de basquete dos Estados Unidos, presente em oito All-Star Games, eleito em cinco temporadas para o quinteto ideal da NBA e melhor jogador defensivo da liga em três edições, Dwight, de 34 anos, nunca teve tanta chance de ser campeão como nesta temporada ao lado do astro LeBron James.
"Eu adoraria ganhar meu primeiro campeonato da NBA. Mas a unidade do meu povo seria um campeonato ainda maior. Isso é muito bonito demais para deixar passar. Quer melhor hora do que agora para nos concentrarmos em nossas famílias?", perguntou o jogador.