Um dia após a confirmação de que o Brasil tem a pior recessão da história, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, reafirmou que o País já vive um processo de retomada econômica. Para o ministro, as medidas adotadas pelo governo nos últimos meses já começam a fazer efeito e indicadores como o de gastos públicos já sinalizam melhora.
“Estamos no início do processo de retomada da economia brasileira. Já aprovamos uma série enorme de alterações de marcos legais que vão criando e melhorando as condições para a retomada do crescimento”, disse Dyogo em palestra na capital federal. O ministro deu alguns exemplos como a redução do gasto público em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de quase um ponto porcentual e a forte valorização das ações das empresas estatais.
O ministro listou várias outras iniciativas do governo para tentar alavancar a retomada da economia, como as mudanças microeconômicas em temas como cartão de crédito, liberação do FGTS, alteração das regras do pré-sal e novo procedimento para licenciamento ambiental. “O governo tem combinado a agenda de estabilização com uma ampla agenda de reformas. Trabalhamos com o Congresso em nova lei de compras e nova lei de finanças públicas”, citou como exemplo.
Para Dyogo, esse esforço já dá resultados. “Quando você compara análises no início de 2016 com as que são feitas atualmente é praticamente um mundo diferente. Em janeiro de 2016, não era raro ver analistas falarem em hiperinflação e descontrole da dívida pública. Hoje, tá fora da agenda”, disse. “O pior já passou em termos de atividade e essa agenda está dando certo”.
O discurso otimista do ministro é reforçado com a perspectiva de aprovação das reformas. Para Dyogo Oliveira, a aprovação da reforma previdenciária vai deflagrar, por exemplo, decisões de investimento na economia brasileira.
Dyogo fez palestra na cerimônia de inauguração do novo escritório da agência de notícias Bloomberg em Brasília.