O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que ações de educação financeira se tornam ainda mais relevantes no cenário pós-pandemia, que será marcado pelo aumento da inadimplência no Brasil. "Com a retração forte da economia, que vamos ter de 4% ou 5%, é inevitável que a inadimplência suba de patamar. Precisamos lidar com isso, bancos estão precavidos", disse ele, durante evento de lançamento do Programa de Aceleração Meu Bolso em Dia Febraban.
Ele lembrou que o setor bancário brasileiro fortaleceu suas provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, em um movimento prévio à elevação dos calotes "diante da forte queda da economia, que já está contratada, de acordo com as projeções" de economistas.
O movimento foi feito em paralelo à uma forte expansão de crédito em meio à crise gerada pela pandemia. O presidente da Febraban lembrou que os bancos emprestaram R$ 3 trilhões, considerando contratações novas, renovações e suspensão de parcelas de dívidas feitas anteriormente.
"Fizemos a repactuação mais de 16 milhões de contratos com operações em dia, com saldo devedor de R$ 1 trilhão. Prorrogamos R$ 135 bilhões em parcelas, com carência entre dois e seis meses", acrescentou ele, mencionando ainda que os principais beneficiários foram pessoas físicas e pequenas e médias empresas.