Apesar do agravamento da contaminação da covid-19 no País, as petroleiras vêm aumentando o efetivo nas plataformas de petróleo desde o início do ano, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No auge da pandemia, em maio do ano passado, o número de pessoas a bordo das instalações (POB, na sigla em inglês) chegou a cair para 45% do total habitual, voltando para um efetivo de cerca de 70% em novembro, e caindo novamente para 60% em janeiro de 2021. Segundo a ANP, neste mês o efetivo voltou a totalizar uma média de 70% dos trabalhadores lotados nas unidades.
Até o momento, a covid-19 já vitimou seis petroleiros que trabalham em plataformas de petróleo e gás, sendo duas mortes registradas no mês passado.
Na terça, o Brasil registrou o maior número de vítimas fatais da pandemia, 1.726 pessoas em 24 horas, uma indicação de que o vírus está longe de ser controlado.
Desde o início da pandemia até a terça, as informações mais atualizadas da agência mostram 4.554 casos confirmados de covid-19 no setor, sendo 3.255 trabalhadores de plataformas de petróleo e gás instaladas no País. Segundo a ANP, 3.447 trabalhadores já se recuperaram.
Somente na Petrobras, os casos de contaminação já ultrapassam 5 mil, com 17 empregados ainda internados e 4.888 recuperados. A empresa já registrou 13 óbitos pela pandemia desde o ano passado, sendo nove em trabalho remoto, dois em funções presenciais e dois funcionários que estavam de férias, detalha a companhia no 46º Boletim Semanal de Monitoramento Covid-19 da Ministério de Minas e Energia (MME).
A estatal tem mantido sua produção praticamente estável durante a pandemia, com pequenas reduções pontuais por paradas para manutenção das unidades, tendo registrado em janeiro 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), 8% a mais do que no mês anterior.