Eleição dos cargos remanescentes da nova Mesa Diretora da Câmara é adiada

Na tentativa de se chegar a um acordo sobre a divisão dos cargos na Mesa Diretora da Câmara e evitar que a questão chegue à Justiça, o presidente Arthur Lira (PP-AL), adiou mais uma vez a eleição das funções para esta quarta-feira, 3, às 10 horas. A escolha já tinha sido adiada da segunda-feira para a noite desta terça-feira, 2, após a vitória de Lira no comando da Casa.

A mudança é uma tentativa de dar mais tempo para os partidos chegarem a um acordo, depois de Lira anular o registro do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP) na Câmara como primeiro ato de sua gestão. Uma reunião entre todos os líderes da Casa está prevista para hoje ainda para tentar selar o entendimento antes da abertura das urnas.

Na segunda-feira, o PT registrou o partido no bloco de Baleia depois do fim do prazo regimental, alegando problemas no sistema interno da Câmara. Aliados no novo presidente afirmam que o MDB, que também integra o bloco de Baleia, teria cometido um segundo erro no sistema para formalizar o bloco.

Em reação à atitude de Lira, os partidos do bloco de Baleia, como PSDB, Cidadania, além dos da oposição, cogitam entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular o ato do novo presidente.

Segundo a deputada Soraya Santos (PL-RJ), Lira quer agora fazer "um gesto" a esses partidos e deferir a formação do bloco de Baleia, com exceção do PT que teria chegado "depois dos portões fechados".

Caso essa proposta seja aceita, os partidos do bloco de Lira teriam quatro lugares na Mesa Diretora e, entre os aliados de Baleia, PT e PSDB teriam uma vaga cada nas titularidades. A Mesa é composta por duas vice presidências, quatro secretarias e quatro suplências. A ordem em que os partidos ocupariam os cargos ainda é está sendo debatida.

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