Ao comentar a possível adoção do voto impresso nas eleições, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux avaliou que o uso de urnas eletrônicas nas eleições nacionais tem sido bem-sucedido. O veto presidencial à medida foi derrubado na última quarta-feira, 18, pelo Congresso.
“As eleições têm funcionado bem com a máquina de votar. Ouvi dizer que isso aumenta muito as despesas”, afirmou Fux após participação no Seminário “Reavaliação do Risco Brasil”, promovido pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. A estimativa do governo é que a impressão custe R$ 1,8 bilhão.
A questão está sendo avaliada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na semana passada o ministro José Antonio Dias Toffoli, presidente do TSE, declarou considerar o voto impresso “absolutamente desnecessário”. Segundo ele, a medida não poderá ser adotada nas eleições de 2016.
Fux disse que não estudou a questão a fundo e que o assunto será debatido com Toffoli. O ministro frisou que a urna tem sido considerada segura. “Acabamos de julgar um pedido de auditoria formulado por partidos de oposição e eles mesmos foram uníssonos no sentido de que esse método de votação (voto eletrônico) é muito seguro”, disse.
O ministro do STF não quis comentar o pedido de fatiamento da Operação Lava Jato. Segundo revelou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, nesta sexta-feira, 20, a Procuradoria-Geral da República enviou recurso ao Supremo para tentar reverter a medida que desmembrou as investigações de corrupção na Eletronuclear e tirou o processo das mãos do juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais de primeira instância da Operação.
“Eu vou ter que julgar o caso, não posso dar nenhuma opinião a respeito ainda”, disse Fux.